Errar é humano
Diz
o ditado que errar é humano.
Acontece
que erramos bastante e, às vezes, cometemos erros que são inconcebíveis e ou
incorrigíveis. Um erro de cálculo pode causar a queda de um viaduto; um erro
médico pode causar a morte de um paciente ou deixá-lo paraplégico e o erro na
dosagem de um remédio pode levar uma pessoa a óbito.
Estamos
errando em tudo e todo momento naquilo que fazemos. Erramos semeando, podando e
colhendo. Erramos comprando, vendendo, alugando ou emprestando. E erramos votando
e ao não perdoar os erros dos outros, etc.
A
cozinheira erra o tempero, o jogador erra o chute, o músico erra a nota musical
e assim vamos nós cometendo nossos equívocos, diariamente.
Quantas
vezes já não erramos o dia ou à hora marcada de um compromisso?
Erramos
ao pintar, ao desenhar, ao falar e mais comumente, ao escrever ou digitar.
Escrevendo erramos na acentuação, na concordância verbal, na sintaxe, etc. Este
texto mesmo deve conter alguns erros.
Erramos
muito e erra inclusive a pessoa que faz a revisão de um texto com a finalidade
de apontar e eliminar os erros encontrados no mesmo.
Erramos
ao fazer uma tradução, erramos questões fáceis nas provas e erramos, mas quase
sempre sem querer, porque errar intencionalmente é outra coisa.
O
importante é saber que é com os erros que aprendemos acertar.
Os
erros podem ser simples ou infantis, boçais, crassos ou grosseiros.
Um
erro pode ser embaraçoso para quem o comete e, principalmente, para quem é
vítima dele. São erros que denominamos de desastrosos, como o erro de um corte de cabelo ou do corte de um pano para confeccionar uma roupa.
Erramos ao responder a uma entrevista, ao não saber à hora de parar de beber, ao preencher um documento ou simplesmente marcando um volante de loteria.
Erramos ao responder a uma entrevista, ao não saber à hora de parar de beber, ao preencher um documento ou simplesmente marcando um volante de loteria.
E
quantas vezes já não erramos, contando dinheiro, quantas vezes já não erramos caminho
a seguir ou um salto sobre uma poça de água?
Por
um erro de visão, erramos ao fazermos baliza com o carro. Erramos o alvo.
Temos,
ainda, os erros por falta de atenção ou de concentração e os erros de
fabricação.
Erramos
para mais, erramos para menos e erramos por aproximação. Estamos sempre errando. À vezes sozinhos, ás vezes em grupo.
Um
tipo de erro que algumas pessoas consideram injustificável é o erro de um juiz ao
julgar e dar o veredicto, levando o réu à prisão. Um erro imperdoável.
E
por falar em julgar, quantas vezes erramos ao julgar uma pessoa apenas pela
aparência?
Errar
na dúvida, tudo bem, mas errar propositalmente não pode ser.
Ataúlfo
Alves, grande compositor da música popular brasileira compôs uma linda canção
chamada de “Errei, erramos” e a cantora Dalva de Oliveira cantava “Errei, sim”.
Errando,
de um modo ou de outro, errando muito ou pouco, o que não podemos é reincidir
no erro.
E
o saudoso comentarista esportivo Kafunga, de Minas Gerais, costumava dizer que
“o errado é que está certo”.
Os
erros contra as leis divinas são denominados de pecado.
Tenho
consciência de que não mencionei muitos outros tipos de erros, mas isto não é
um erro, na minha opinião.
Finalmente,
estou analisando se gostar tanto de você como eu gosto é ou não um erro meu. Se
for erro, por que eu ainda persisto nele? Perdoa-me, então, por ele e por
tantos outros que já cometi e, por que não, daqueles que ainda irei cometer.