sábado, 30 de junho de 2012

Sandra



Sandra

Só Deus sabe o quanto te amo

Alegra-O este meu sentimento

Não obstante, ser Ele do ramo

De teu estranho procedimento

Reclama o mesmo que reclamo:

A tua reciprocidade neste momento.





Sua

Alegria

Natural

Deixa-me

Realmente

Apaixonado

Nada melhor




Nada melhor


Não tem nada melhor para desejar que desejar o melhor,


Não tem nada melhor para querer que querer melhorar,

Não tem nada melhor para ganhar que ganhar melhor,

Não tem nada melhor neste mundo que este mundo,

Não tem nada melhor para amar que amar melhor,

Não tem nada melhor para saber que saber melhor,

Não tem nada melhor nesta vida que a própria vida,

Não tem nada melhor para estar que estar melhor,

Não tem nada melhor para ser que ser (o) melhor,

Não tem nada melhor para ter que ter o melhor,

Não tem nada melhor que melhorar.

Extensão




Extensão


O homem sempre transformou os recursos materiais colocados à sua disposição na natureza para seu progresso, para aperfeiçoar sua segurança e para melhorar seu conforto. Esses recursos, muitas vezes, são extensões do seu próprio corpo ou de parte dele. Todo vestuário, por exemplo, é uma extensão da pele e visa à sua proteção contra as intempéries. Calçados e chapéus e similares também são extensões e têm os mesmos objetivos. É certo que algumas indumentárias foram e são criadas apenas para o embelezamento do corpo físico. A primeira extensão da qual se sabe, teria sido um pedaço de pau ou um porrete que o homem utilizava para caçar e para defender-se dos inimigos. Era uma extensão do seu próprio braço. Depois vieram outras armas e diversas ferramentas para atenderem a essas e a outras necessidades.
Um garfo ou uma colher são extensões da mão.
O simples dedal é uma extensão do dedo e tem por finalidade protegê-lo contra a ponta da agulha.
Um pé-de-pato é uma extensão que o homem inventou locomover-se com maior facilidade debaixo d’água.
Joelheiras, capacetes, máscaras e outros tantos equipamentos de proteção individual – EPIs, como são denominados, surgem a cada dia para protegerem os trabalhadores em suas atividades laborais. São extensões que o homem vai incorporando no seu cotidiano para garantir a sua segurança e a dos seus próximos. Mas, do que pretendo falar mesmo são das extensões que o homem criou e continua criando para ampliar os seus sentidos. Começo pela visão. Limitado a avistar com seus olhos naturais apenas até uma certa distância, o homem inventou o binóculo, a luneta e o telescópio. Para objetos minúsculos, inventou o microscópio e outros equipamentos com lentes focais. Inventou, também, os óculos que muito o ajudam a ler e a ver com maior clareza as coisas do mundo. Para os deficientes auditivos já existem pequenos aparelhos que, afixados na parte posterior do pavilhão auricular, amplificam as ondas sonoras, permitindo-lhes assim que os órgãos internos do ouvido possam captá-las e as decifrá-las.
A fala também teve suas extensões desenvolvidas com a invenção do telefone, do microfone, megafone e de amplificadores de som.
Já, para o olfato e para o paladar, não sei de nenhum recurso que os fizessem dilatar-se.
E agora, o sentido ou sentimento do amor e suas “extensões”. Não; para o amor, que tem sua sede, dizem, no coração, não existe nenhum equipamento que possa distendê-lo ou incrementá-lo. Existe sim, recursos que o fazem expandir suas energias, aumentando suas virtudes e ampliando a sua capacidade de gostar.
Eis, aqui, alguns desses recursos.
Justiça: - Quem ama faz justiça e quem é justo, quase sempre é amoroso. Trabalhar o senso de justiça é estender o amor.
Tolerância e paciência: - são recursos que aumentam o amor. Para alguns, um tanto difícil, mas nunca impossível.
Respeito e lealdade: - Talvez, das virtudes, as mais fáceis de serem colocadas em prática. Sim; respeito e lealdade são também recursos valiosos para quem deseja amplificar seu amor.
Caridade: - Esta sim, tem tudo a ver. Tanto que, por vezes, é confundida com próprio amor. Factível, ela é excelente para quem a pratica.
Fé: - Deve e precisa ser trabalhada todos os dias.
Outros recursos que podem alargar nossos corações são: o Perdão, a Gratidão, a Humildade, a Compaixão, a Amizade e, finalmente, o Exemplo: - este personificado, de modo singular, no mestre maior, JESUS.
Sejam quais forem os recursos utilizados pelo coração para amplificarem o amor, o importante é fazer com que eles apresentem bons resultados e que esses resultados modifiquem o nosso modo de viver, pois, com toda certeza, O AMOR É A EXTENSÃO DA VIDA.




Precisão


Precisão

Deus sabe:
do que preciso,
de como preciso,
de quando preciso,
de quanto preciso, e
de por quê preciso;

Eu sei:
de que preciso de Deus,
de como preciso de Deus,
de quando preciso de Deus,
de quanto preciso de Deus, e
de porquê preciso de Deus.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Marca Registrada



Marca Registrada


Outro dia estava lembrando-me de quando eu tinha doze anos e colecionava marcas de cigarros. Eu havia conseguido mais de cem, todavia, só recordei-me do nome de umas vinte. As demais, tal qual fumaça, desapareceram terminantemente da minha mente. Passei, então, a pensar em outras marcas que não as de cigarro. Marcas de um modo geral. Segundo o "Aurélio", marca são sinais que se fazem em objetos para reconhecê-los. Mas para mim, marca é isto e muito mais. São registros objetivos e subjetivos que existem em grande quantidade e variedade no tempo e no espaço. No espaço eu citaria as marcas internacionais, cujos valores costumam ser bastante expressivos como a Coca-cola, a Shell e a Pirelli para ficar em apenas três. E por terem valores expressivos, essas marcas costumam, muitas vezes, serem falsificadas. Outras se limitam a uma pequena região e, por serem pouco conhecidas, têm apenas valores simbólicos. As marcas podem se apresentar de várias formas: - gráficas, sonoras, luminosas, etc. Existem pequenas marcas que dizem muito, como um ponto de exclamação, uma vírgula ou um ponto final, e existem marcas compridas como os rastros deixados pelas rodas de um carro que pouco ou nada significam. Vemos marcas em animais para identificarem seus proprietários e marcas nas estradas para indicarem a direção e ou a velocidade permitida. Temos, ainda, sinalizações que mostram a presença de algo na pista que mereça atenção especial. No tempo, encontramos marcas duradouras como as marcas de uma guerra (existem marcas de paz?) e marcas efêmeras como são as fumaças deixadas pelos aviões a jato. Em geral, as marcas são feitas para sinalizarem alguma coisa, em determinado lugar e num dado momento. Ao fazermos uma marca numa página de num livro, num texto, estamos sinalizando onde paramos e onde deveremos retornar posteriormente para continuar a leitura. Muita gente tem no corpo marcas deixadas por um corte (uma cicatriz), por uma tatuagem, por uma queimadura ou simplesmente por uma vacina. Algumas marcas podem ser comprometedoras como uma marca de batom na gola da camisa de um homem ou a de um perfume deixada depois de um abraço demorado. Temos, também, marcas especiais como as marcas d' água impressas em alguns documentos oficiais. Muitas marcas podem ser dimensionadas, como a distância percorrida, a velocidade desenvolvida, a pressão atmosférica em certo ponto, a frequência de uma onda, o número de giros de uma roda, etc. É interessante notar que os equipamentos que fazem essas medições têm também suas marcas que identificam o fabricante e a sua qualidade. Temos a marcação de um ritmo ou da cadência de um compasso musical. No futebol, o jogador que tenta impedir, sistematicamente, que o adversário "deixe a sua marca", ou seja: - que marque um gol, costuma fazer sobre esse uma "marcação cerrada". Alimentos, bebidas, remédios, quase tudo tem uma marca. Produtos manufaturados ou "in natura" e bens de serviços também têm suas marcas identificadoras. Geralmente, uma etiqueta. Existem também as logomarcas. No filme "Marcado para morrer"... Bem, esta eu vou deixar marcada para falar depois. Prefiro citar o livro "Encontro marcado" do grande poeta mineiro Fernando Sabino. Em verdade, todos nós estamos sempre recebendo e deixando marcas em nossa passagem por este planeta. Marcas que, muita vez, ficam registradas no calendário, como o dia do nascimento, o dia do casamento e o dia da morte de um parente, etc. Eu poderia continuar dissertando sobre diferentes tipos de marcas, suas características, suas funções, etc., mas prefiro dizer agora de outros tipos de marca, qual sejam as marcas que você deixou e continua deixando no meu coração e na minha mente. São elas: as marcas de sua simpatia, do seu sorriso, dos seus abraços, a marca do seu olhar e do seu amor. São marcas indeléveis, que nem o tempo e nem a distância conseguirão apagar. São marcas para toda a vida, tal e qual a letra daquela música que diz: "marcas do que se foi...". Marcas que não podem ser expressas com palavras. Marcas de Deus em nós e por isso, marcantes. Essas sim, para mim, são marcas registradas.

sábado, 3 de março de 2012

Ih Rita!



Ih Rita!


Caro amigo Chico Buarque.
Como ouso chamar-lhe de amigo se nem o conheço?
Ora! - todo aquele que escreve e compõe coisas bonitas, úteis, interessantes e alegres eu considero como sendo meu amigo.
Hoje, ao ouvir pela enésima vez sua composição "A Rita", surgiu em minha mente uma série de indagações, motivo pelo qual resolvi escrever-lhe para solicitar sua ajuda no esclarecimento das mesmas.
Quando você diz: - "a Rita levou meu sorriso...", eu pergunto:
- levou para onde, Chico?
- por que ela levou seu sorriso?
- como ela fez para levá-lo?, estava de fácil acesso?
- teria ela algum interesse especial para levar esse seu sorriso?
- será que guardou-o ou já terá o repassado para outrem?
- Chico, teria ela conservado-o da mesma forma, do mesmo jeito e com a mesma beleza que tinha antes?
- e será que ela não se arrependeu e até mesmo pensou em devolvê-lo, só não o fazendo por vergonha ou algum outro motivo?
Chico, lembrei-me, agora, também, que naquela oportunidade ela lhe surrupiou outras tantas coisas.
Foi um desfalque e tanto, não foi mesmo?
Qual o destino ela deve ter dado àquele velho disco de Noel? Uma raridade e, portanto, valioso demais para ser extraviado assim.
Quanto à imagem de São Francisco, se você não conseguiu recuperá-la ainda ou adquirir outra para substituir a tungada, posso arrumar-lhe outra por aqui para você.
Com certeza, São Francisco, o protetor dos animais não deve ter gostado "nadinha" dessa atitude "besta" de Rita. Será que ela tinha ou tem alguma coisa contra os "franciscos"?
Onde ela estava com a cabeça para fazer uma coisa dessa!
Bem que ela poderia ter deixado pelo menos o seu retrato.
Se fosse hoje (hoje não se diz mais retrato; se diz apenas foto), talvez você tivesse uma cópia guardada em seu computador. Naquela época ninguém sabia e nem imaginava o que era uma câmera digital.
Chico, lá se vão mais de quarenta anos, quase meio século que esse fato se deu e eu não fiquei sabendo qual foi o desfecho do mesmo. Qual o resultado dessa maluquice, para não dizer dessa maldade.
Justamente ela que parecia ser uma pessoa tão honesta!
Por que será que algumas mulheres fazem isto com a gente, Chico?
Só de curiosidade; - por acaso você nunca pensou em abrir um processo contra a Rita? Afinal, o artigo 171 do Código Penal Brasileiro diz "obter para si ou para outrem, vantagens ilícitas, em prejuízo alheio..." Bom, agora acredito que seja tarde demais para reivindicar alguma coisa. Acho que não vale a pena pensar nisto mais. O melhor mesmo é esquecer.
Chico, fico imaginando o quão deve ter sido difícil para você viver ou conviver sem aquilo tudo, na época.
Oxalá, já tenha esquecido tudo e conseguido outros bens melhores e até mais valiosos para substituírem suas perdas e danos. Você merece.
Chico, só mais uma perguntinha:
- você ainda tem aquele violão mudo que ela deixou?
É que Jacqueline levou o meu e ele está me fazendo muita falta.
Se puder emprestar-me, desde já agradeço-lhe,
atenciosamente,

Seu amigo, Ary

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Amor SINcopado


Amor SINcopado


O amor deve ser SIM:

SIMbiose entre duas almas,
SIMbolizado por uma flor,
SIMétrico ao encantamento,
SIMilar à amizade,
SIMilitude da saudade,
SIMpático com outro amor,
SIMples como a liberdade,
SIMulacro de ciúmes,
SIMulador de paixões,
SIMultâneo à moral,
SINcero como o pensamento,
SINcretizado na razão,
SINcronizado com o respeito,
SINdicalizado na alegria,
SINérgico na verdade,
SINgelo como o teu olhar,
SINistro como o egoísmo,
SINtético na subjetividade,
SINgular como o livre arbítrio,
SINtomático na intimidade,
SINalizado ao infinito, e
SINtonizado em DEUS.