quarta-feira, 3 de abril de 2019

Alegorias sobre o amor virtual


Alegorias sobre o amor virtual



Eu tenho lido no facebook, nos e-mails e whatsApp que recebo muita coisa desconexa, sem sentido e sem lógica. Coisas que não têm nada a ver.
Principalmente quando o assunto é amor.
Decidi, então, entrar nesta também.
Para mim o amor pode ser:
Uma lei da criação,
Uma conquista da civilização,
Uma virtude sem contestação,
Uma propriedade do coração,
Uma prerrogativa da ilusão,
Uma discrepância da razão,
Uma derivada da paixão,
Uma afinidade em explosão,
Uma estrada sem contramão,
Uma caridade em ação,
Uma crença na salvação,
Uma regra da evolução,
Uma exigência do perdão,
Uma justiça da reencarnação,
Uma verdade sem definição,
Uma ciência da quinta dimensão,
Uma prece de devoção,
Uma luz de benção,
Uma aura de satisfação,
Uma garantia de emoção,
Uma alegria de eterna duração,
Uma entrega sem devolução,
Uma graça da compreensão,
Uma homenagem à gratidão,
Uma liberdade da solidão,
Uma confiança sem exceção,
Uma energia da disposição,
Uma forma real de consideração,
Uma poesia de exaltação,
Uma dádiva da imaginação,
Uma simbiose de total perfeição,
Uma coisa sem explicação.

É porque é




É porque é


É bacana                   ser bacana

É bom                        ser bom

É certo                       ser certo

É coerente                ser coerente

É compreensível       ser compreensível

É correto                   ser correto

É elegante                 ser elegante

É genial                     ser genial

É interessante          ser interessante

É justo                        ser justo

É legal                       ser legal

É melhor                    ser melhor

É natural                    ser natural

É preciso                   ser preciso

É ridículo                    ser ridículo

É simples                  ser simples

É triste                       ser triste

É útil                           ser útil

Quem não deve não teme




Não sei se devo continuar escrevendo coisas banais que quase ninguém lê, ou pelo menos, não deveriam ler. Não tenho o dever de ofício de escrever, mas hoje devo dizer-lhe que tive vontade de escrever justamente sobre o “dever”.
O dever é uma obrigação e, talvez por isso, quase ninguém gosta. Antigamente, a tarefa que as professoras passavam para os alunos fazer em casa era chamada “dever de casa”. Hoje, parece-me que se diz trabalho de casa. Aliás, não sei nem se professores ainda passam trabalhos para as crianças fazerem em casa.
Entre os livros de contabilidade existe um (Livro Caixa) que controla as entradas e saídas de dinheiro das empresas com duas colunas, a saber: Dever e Haver.
Houve um tempo, no Brasil, que o governo lançou o seguinte slogan: “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever”, mas o humorista (acho que foi o Millor Fernandes) disse: “O Brasil espera que cada um compre sem dever”.
Certo é que todos nós temos alguns direitos e muitos deveres. Deveres, esses que podem ser de ordem moral ou não. Eis alguns deles:
- o primeiro e o mais importante é o dever que temos é para com Deus. Devemos sempre agradecê-Lo, todos os dias pela vida, com todas as coisas boas e belas que Ele nos deu e nos dá, como a paz, o lar, os amigos, o trabalho, etc.;
- o dever para com nossos familiares. Respeito e a obediência aos pais são dois deles;
- o dever para conosco mesmos. O dever de cuidarmos da nossa saúde, da nossa alimentação, dos nossos sentidos, da nossa moral, etc.;
- o dever para com a sociedade, como o respeito aos mais velhos, os mais necessitados, etc.;
- o dever de respeitar a todas as pessoas pela maneira delas serem, pelas suas ideias, preferências, crenças, gostos, etc.
- o dever de sermos pacientes, compreensivos, gratos e cordiais no trato com as pessoas;
- o dever de sermos bons, justos, honestos, verdadeiros e leais;
- o dever de respeitar a propriedade alheia;
- o dever de respeitar as leis divinas, as leis da natureza e as leis dos homens;
São muitos nossos deveres, mas acho que você já deve estar cansada de ler tantos deveres, todavia devo-lhe dizer só mais um: - você deve acreditar sempre em mim quando digo que gosto muito de você porque isto é verdade ou por qualquer outro motivo.
P.S.: Sem essa de dizer que não lhe devo nada, nem obrigação; sem essa de dizer que quer morrer sem ficar devendo nada para ninguém e sem essa de dizer: devo não nego, pago quando puder.

Tira e põe



Tira e põe


Outro dia, ouvindo o pagode ‘Tira e põe’ da dupla sertaneja ‘Jacó e Jacozinho’, lembrei-me de uma conversa que tive, não faz muito tempo, com uma ex-colega de trabalho. Depois de uma brincadeira minha ela me disse:      - ‘você está me tirando’.
Na hora não entendi muito bem o que ela quis dizer com você está me tirando. Voltei para casa pensando o que eu poderia estar tirando dela naquele momento. Só depois de algum foi que tempo descobri que seria ‘tirando um sarro ou tirando uma onda com a cara dela’; gírias ou expressões que há muito tempo eu não ouvia. Ainda, matutando sobre o tirar, que é contrário de por ou de colocar, segui raciocinando e pressupus que para se tirar algo de alguém ou de algum lugar este algo precisou ter sido colocado lá antes e que deve existir também a possibilidade de retorná-lo depois de retirado para o seu lugar de origem. Mas não é bem assim. Senão vejamos: - como voltar para o lugar de origem:

- quando se tira uma casquinha, uma onda ou um sarro em alguém;
- quando se tira as aparas;
- quando se tira um órgão do nosso corpo como vesícula ou útero;
- quando se tira a prova dos noves;
- quando se tira a pressão arterial;
- quando se tira de letra;
- quando se tira uma fina;
- quando se tira a raça de um animal;
- quando se tira uma soneca, um cochilo e ou uma pestana;
- quando se tira uma pessoa do sério;
- quando se tira um tempo ou uma hora para se fazer alguma coisa;
- quando se tira o terço para rezar;
- quando se tira partido ou proveito de uma situação;
- quando se tira uma fotografia ou uma fotocópia;
- quando se tira um serviço;
- quando se tira folga ou quando se tira férias;
- quando se tira satisfação;
- quando se tira o corpo fora;
- quando se tira vantagem;
- quando se tira alguém de cabeça;
- quando se tira um peso da consciência;
- quando se tira a barriga da miséria;
- quando se tira o pai da forca;
- quando se tira uma nota boa na prova;
- quando se tira patente;
- quando se tira um documento (título, diploma ou certificado);
- quando se tira um trago;
- quando se tira a catiça (esta palavra nem existe);
- quando se tira uma faísca;
- quando se tira uma música de ouvido;
- quando se tira alguém para dançar;
Agora, tire a sua conclusão, mesmo sabendo que tirando-a você não poderá retorná-la para o seu lugar de origem.


Direito, Razão, Vontade e Livre Arbítrio



Direito, Razão, Vontade e Livre Arbítrio


Quando não queremos ser afirmativos, taxativos e ou mostrarmos convictos daquilo que pretendemos dizer, geralmente iniciamos um texto ou uma exposição de ideias com as seguintes palavras ou expressões:
- penso que;
- desconfio que;
- imagino que;
- parece-me que;
- presumo que;
- tenho a impressão de que;
- pode ser que;
- é bem provável que;
- acho que;
- suponho que;
- tudo indica que;
- ando cismado que;
- suspeito de que;
- conjecturando sobre;
- não tenho certeza absoluta de que;
- aparentemente;
- talvez;
- às vezes, etc.
            Eu poderia ter escolhido qualquer uma das retro mencionadas para dizer que mal comparando Direito, Razão, Desejo e Livre Arbítrio são como quatro pontas de um lençol com elástico. Depois de colocarmos as duas primeiras pontas no colchão, ao tentarmos terceira e a quarta, a primeira e ou a segunda se desprendem. Às vezes, afixamos três e no momento em que vamos afixar a quarta, uma, outras duas ou até as três se soltam do colchão. Mas, com paciência e com perseverança, a gente acaba conseguindo estender o lençol. E não há coisa melhor que, depois de um dia de trabalho exaustivo, tomarmos um banho frio e, com a consciência tranquila, deitar-se numa cama com um lençol branco bem estendido para descansar.
            Agora, voltando ao tema, por vezes achamos que temos o desejo, o livre arbítrio e a razão para falar ou realizar algo, mas nem sempre esse algo está de acordo com o direito. Outras vezes, achamos que temos o direito, temos o desejo e o livre arbítrio, mas a razão não se coaduna com as demais. Associar duas ou mais palavras destas é como afixar um lençol na cama e daria para escrever/digitar algumas páginas, aqui. Não é o que pretendo fazer. Ademais, não sei nem se eu seria capaz para tanto. Mas, para não ficar sem um desfecho isto que comecei a escrever, devo-lhe dizer que tenho razões para gostar de você, tenho o direito de gostar de você, tenho o livre arbítrio de gostar de você e tenho também o desejo de nunca deixar de gostar de você. Mal comparando, vejo o meu coração é mesmo como um colchão onde, tento estender e entender algumas verdades. Todavia, nem sempre eu consigo.
Era isto.

Sem dedicatória



Quando a indiscreta saudade vem atiçar minha memória,
trazendo imagens vivas do seu sorriso e do seu carinho,
rejubilo-me em êxtase de felicidade e indescritível glória,
como incansável pesquisador que traduz um pergaminho.

Foram momentos de alegria registrados em nossa história
que meu coração preservou no mais recôndito escaninho
e que agora vem manifestar-se de maneira peremptória
a importância de seu amor na minha vida; no meu caminho.

Hoje, fico aqui meditando: - por que você não perseverou?
Por que interrompeste aquele ciclo de boas aventuranças?
A vida é cheia de inconformidades que não temos como evitar.

Se para você foi apenas um projeto que não se concretizou,
para mim foi aprendizado, foi experiência e agora esperança,
que sequer o tempo, senhor da razão, poderá um dia apagar.


Saí da brincadeira




Saí da brincadeira



Quando me perguntam se gosto de escrever, respondo que gosto de brincar com as palavras. Ora rimando, ora usando prefixos e sufixos, ora fazendo trocadilhos, metáforas, etc. Escrever algo mais serio não é comigo.
Hoje, a brincadeira é justamente com a palavra “brincadeira”.
Poucas são as pessoas que não gostam de brincar. Brincam as crianças, brincam os jovens e brincam os adultos. Brincam os artistas profissionais e amadores. Brincam individualmente ou brincam em grupos. O negócio é brincar. Brincamos falando, escrevendo, desenhando, pintando, dançando e, principalmente, jogando. Muita vez, para brincarmos, utilizamos de um objeto e o mais comum deles é a bola. Com uma bola brinca-se de futebol, de vôlei, de basquete, de tênis, de sinuca, de boliche, etc.
Mas, se o jogo estiver valendo alguma coisa, aí então não é brincadeira, não.
Antigamente, as brincadeiras e os brinquedos eram diferentes. Hoje os jovens gostam de brincar é no celular e ou no computador. São os brinquedos virtuais.  Não vale a pena relacionar aqui as brincadeiras do meu tempo de criança. Quem tem mais de cinquenta anos sabe bem quais eram.
Algumas delas eram direcionadas para as meninas, como brincar de boneca e ou de casinha; outras para os meninos, como carrinhos e bola de gude.
Tem pessoas que para brincarem com as outras usam roupas especiais, como as de palhaço de circo. Utilizam também de recursos como pinturas, máscara, chapéus, etc. Tudo isso em nome da alegria.
Voltando as brincadeiras de falar e de escrever, é comum vermos pessoas brincando com provérbios e ou ditos populares como um amigo meu que ao invés de dizer: “toda brincadeira tem um fundo de verdade, prefere dizer: - toda verdade tem um fundo de brincadeira”.
Um ex-colega meu de trabalho gostava dizer: - vamos brincar que a vida é curta. Não sei se ele ainda está vivo. Isso faz muito tempo.
Há festas que acontecem só para as pessoas brincarem, como é o carnaval.
Existem, porém, brincadeiras de mau gosto e brincadeiras em locais e ou momentos impróprios, o que muitas vezes, deixa de ser uma brincadeira e passa ser uma ofensa. Um exemplo de brincadeira de mau gosto é o ato de esconder um objeto de alguém e este objeto vier fizer falta. Outra é contar piadas em velórios.
E assim como temos algumas brincadeiras que acabam em ofensas, temos também algumas ofensas acabam virando brincadeiras.
Brincar é uma das coisas mais gostosas que Deus nos dá.
Feliz aquele que brinca e aceita as brincadeiras dos outros!
Até os animais gostam de brincar.
Tem gente que brinca muito e tem gente que é de poucas brincadeiras;
Tem gente que brinca com coisas sérias como a ignorância do outro, a deficiência física do outro ou até mesmo com o sofrimento do outro;
Tem gente que brinca com a fé (com a religião) do outro;
Tem gente que brinca com desconhecidos;
Tem gente que brinca (faz chacotas) com ela mesma; e
Tem gente que não sabe brincar;
Agora, a brincadeira mais desagradável que existe é quando alguém brinca de gostar e ou de amar outra pessoa. Esta brincadeira já fez e ainda faz muita gente sofrer.
Brincadeiras à parte - se este for o seu caso - saí da brincadeira.