sábado, 31 de julho de 2010

Pressuposto


Pressuposto


Os dias têm passado bem depressa. Já estamos em Agosto.
As pessoas seguem correndo, só pensando em melhorar;
umas atrás de um bom emprego e outras de um encosto
onde possam permanecer sem ninguém para as incomodar.

Algumas querem apenas manter-se firmes em seu posto,
ainda que, agindo assim, outras possam se prejudicar.
e tem também aquelas que vão à procura dum preposto,
que as desincumbam das tarefas que precisam realizar.

No meu caso, digo que vou seguindo um caminho oposto.
vou a procura só de coisas boas que esta vida tem para dar;
hoje, por exemplo, estou alegre, feliz e muito bem disposto.

Penso até em sair para tomar uma cerveja e relaxar.
Claro, vou pedir aquele torresminho para tirar gosto.
Afinal, neste mês, não bebi nadinha ainda. Eu vou e é já.

domingo, 11 de julho de 2010

E-Mails







Beijos são e-mails que uma alma envia à outra.

Tem pessoas que, tão logo os recebem, excluem.

Outras há que os guardam na caixa do coração.

E têm ainda aquelas que sempre os repassam.

Algumas vezes, inclusive, com cópia oculta.

Como eu gosto de receber os seus e-mails!

Carreando ideias




Carreando ideias


Somos um carro puxado por dois bois:
Um é o PASSADO e o outro o FUTURO.
Entre eles, uma canga chamada PRESENTE tem o apelido de Relativo.

O PASSADO se conhece, tem experiência e quase sempre perdoa.
O FUTURO tem dúvidas, é indeciso, todavia, nunca se magoa.
O PRESENTE é inconstante, mutável e, às vezes, até indisciplinado.

O PASSADO sabe das coisas, é realista e da vida está bem seguro.
O FUTURO é imprevisível, desconfiado e acha tudo prematuro.
O PRESENTE em algumas vezes ajuda e em outras atrapalha com suas
inferências subjetivas e intermitentes. Daí o seu apelido.

O PASSADO traz na memória lembranças de lutas e de conquistas realizadas.
O FUTURO busca no desejo o seu progresso e as esperanças projetadas.
O PRESENTE fica sempre incomodado com o desempenho dos dois.

Na estrada por onde o carro passa ficam os rastros da saudade,
dos sonhos, das falhas e das ilusões que com nada se assemelha.

Sobrecarregado, porém, com a carga das paixões e das emoções e,
já bastante desgastado pelo tempo, chega um dia que esse carro pára.

Sim, o carro pára, mas a parelha segue em frente.

Para o senhor Paulo Viotti



Para Sr. Paulo Viotti


Sentado em sua poltrona de sala,
ele pensa, medita e cria,
na folha de papel a rabiscá-la,
um texto, uma trova, uma poesia.

A seu lado livros e bengala,
servem-lhe de apoio à liturgia,
como em solenidades de gala,
que a alma celebra com primazia.

Esse o ritual que adota Viotti
em seus processos de elocução.
Embora a inspiração não esgote,

o cansaço pode vir de supetão.
Nessa hora ele abotoa o capote,
fecha os olhos e ouve o coração.