domingo, 23 de maio de 2010

Convicção




Ontem eu encontrei meu amigo absorto
olhando um crucifixo com o terço na mão.
Fazia suas preces e pedia a Deus conforto,
paz na família, amigos, saúde e pão.

Pensei então comigo: a fé é mesmo um porto,
onde ancoramos a nossa crença na salvação.
É nela que afixamos o nosso pensar torto,
sobre a inveja, sobre o orgulho e a ambição.

Oh, quão bela é a força de uma devoção!
Orações não podem nunca ser um desporto;
são elas detêm o poder da transformação.

Desse meu amigo, digo com toda convicção:
- se havia diante dele um Jesus Cristo morto,
outro se fazia bem vivo dentro do seu coração.

domingo, 9 de maio de 2010

Para ele e para ela


















Ele não pode ser para você apenas um acessório;
uma peça dispensável nas engrenagens da vida.
Perdão pelos equívocos cometidos é obrigatório
num relacionamento de responsablidade dividida.

Ela não pode ser para você um adorno de escritório,
um simples objeto destacado na estante colorida.
Não - cumplicidade ativa não é um bem transitório;
ela é carinho, é amizade e a confiança consentida.

Convivência exige sim, demarcação de território
mas, com possibilidades também para uma saída.
Isso é um direito individual, fato simples e notório.

O importante é que o livre arbítrio seja fator probatório,
da independência e da liberdade construida
sob a égide da dignidade e do amor peremptório.