quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Errar é humano



Errar é humano

Diz o ditado que errar é humano.
Acontece que erramos bastante e, às vezes, cometemos erros que são inconcebíveis e ou incorrigíveis. Um erro de cálculo pode causar a queda de um viaduto; um erro médico pode causar a morte de um paciente ou deixá-lo paraplégico e o erro na dosagem de um remédio pode levar uma pessoa a óbito.
Estamos errando em tudo e todo momento naquilo que fazemos. Erramos semeando, podando e colhendo. Erramos comprando, vendendo, alugando ou emprestando. E erramos votando e ao não perdoar os erros dos outros, etc.
A cozinheira erra o tempero, o jogador erra o chute, o músico erra a nota musical e assim vamos nós cometendo nossos equívocos, diariamente.
Quantas vezes já não erramos o dia ou à hora marcada de um compromisso?
Erramos ao pintar, ao desenhar, ao falar e mais comumente, ao escrever ou digitar. Escrevendo erramos na acentuação, na concordância verbal, na sintaxe, etc. Este texto mesmo deve conter alguns erros.
Erramos muito e erra inclusive a pessoa que faz a revisão de um texto com a finalidade de apontar e eliminar os erros encontrados no mesmo.
Erramos ao fazer uma tradução, erramos questões fáceis nas provas e erramos, mas quase sempre sem querer, porque errar intencionalmente é outra coisa.
O importante é saber que é com os erros que aprendemos acertar.
Os erros podem ser simples ou infantis, boçais, crassos ou grosseiros.
Um erro pode ser embaraçoso para quem o comete e, principalmente, para quem é vítima dele. São erros que denominamos de desastrosos, como o erro de um corte de cabelo ou do corte de um pano para confeccionar uma roupa.
Erramos ao responder a uma entrevista, ao não saber à hora de parar de beber, ao preencher um documento ou simplesmente marcando um volante de loteria.
E quantas vezes já não erramos, contando dinheiro, quantas vezes já não erramos caminho a seguir ou um salto sobre uma poça de água?
Por um erro de visão, erramos ao fazermos baliza com o carro. Erramos o alvo.
Temos, ainda, os erros por falta de atenção ou de concentração e os erros de fabricação.
Erramos para mais, erramos para menos e erramos por aproximação. Estamos sempre errando. À vezes sozinhos, ás vezes em grupo.
Um tipo de erro que algumas pessoas consideram injustificável é o erro de um juiz ao julgar e dar o veredicto, levando o réu à prisão. Um erro imperdoável.
E por falar em julgar, quantas vezes erramos ao julgar uma pessoa apenas pela aparência?
Errar na dúvida, tudo bem, mas errar propositalmente não pode ser.
Ataúlfo Alves, grande compositor da música popular brasileira compôs uma linda canção chamada de “Errei, erramos” e a cantora Dalva de Oliveira cantava “Errei, sim”.
Errando, de um modo ou de outro, errando muito ou pouco, o que não podemos é reincidir no erro.
E o saudoso comentarista esportivo Kafunga, de Minas Gerais, costumava dizer que “o errado é que está certo”.
Os erros contra as leis divinas são denominados de pecado.
Tenho consciência de que não mencionei muitos outros tipos de erros, mas isto não é um erro, na minha opinião.
Finalmente, estou analisando se gostar tanto de você como eu gosto é ou não um erro meu. Se for erro, por que eu ainda persisto nele? Perdoa-me, então, por ele e por tantos outros que já cometi e, por que não, daqueles que ainda irei cometer.