quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Errar é humano



Errar é humano

Diz o ditado que errar é humano.
Acontece que erramos bastante e, às vezes, cometemos erros que são inconcebíveis e ou incorrigíveis. Um erro de cálculo pode causar a queda de um viaduto; um erro médico pode causar a morte de um paciente ou deixá-lo paraplégico e o erro na dosagem de um remédio pode levar uma pessoa a óbito.
Estamos errando em tudo e todo momento naquilo que fazemos. Erramos semeando, podando e colhendo. Erramos comprando, vendendo, alugando ou emprestando. E erramos votando e ao não perdoar os erros dos outros, etc.
A cozinheira erra o tempero, o jogador erra o chute, o músico erra a nota musical e assim vamos nós cometendo nossos equívocos, diariamente.
Quantas vezes já não erramos o dia ou à hora marcada de um compromisso?
Erramos ao pintar, ao desenhar, ao falar e mais comumente, ao escrever ou digitar. Escrevendo erramos na acentuação, na concordância verbal, na sintaxe, etc. Este texto mesmo deve conter alguns erros.
Erramos muito e erra inclusive a pessoa que faz a revisão de um texto com a finalidade de apontar e eliminar os erros encontrados no mesmo.
Erramos ao fazer uma tradução, erramos questões fáceis nas provas e erramos, mas quase sempre sem querer, porque errar intencionalmente é outra coisa.
O importante é saber que é com os erros que aprendemos acertar.
Os erros podem ser simples ou infantis, boçais, crassos ou grosseiros.
Um erro pode ser embaraçoso para quem o comete e, principalmente, para quem é vítima dele. São erros que denominamos de desastrosos, como o erro de um corte de cabelo ou do corte de um pano para confeccionar uma roupa.
Erramos ao responder a uma entrevista, ao não saber à hora de parar de beber, ao preencher um documento ou simplesmente marcando um volante de loteria.
E quantas vezes já não erramos, contando dinheiro, quantas vezes já não erramos caminho a seguir ou um salto sobre uma poça de água?
Por um erro de visão, erramos ao fazermos baliza com o carro. Erramos o alvo.
Temos, ainda, os erros por falta de atenção ou de concentração e os erros de fabricação.
Erramos para mais, erramos para menos e erramos por aproximação. Estamos sempre errando. À vezes sozinhos, ás vezes em grupo.
Um tipo de erro que algumas pessoas consideram injustificável é o erro de um juiz ao julgar e dar o veredicto, levando o réu à prisão. Um erro imperdoável.
E por falar em julgar, quantas vezes erramos ao julgar uma pessoa apenas pela aparência?
Errar na dúvida, tudo bem, mas errar propositalmente não pode ser.
Ataúlfo Alves, grande compositor da música popular brasileira compôs uma linda canção chamada de “Errei, erramos” e a cantora Dalva de Oliveira cantava “Errei, sim”.
Errando, de um modo ou de outro, errando muito ou pouco, o que não podemos é reincidir no erro.
E o saudoso comentarista esportivo Kafunga, de Minas Gerais, costumava dizer que “o errado é que está certo”.
Os erros contra as leis divinas são denominados de pecado.
Tenho consciência de que não mencionei muitos outros tipos de erros, mas isto não é um erro, na minha opinião.
Finalmente, estou analisando se gostar tanto de você como eu gosto é ou não um erro meu. Se for erro, por que eu ainda persisto nele? Perdoa-me, então, por ele e por tantos outros que já cometi e, por que não, daqueles que ainda irei cometer.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Eu só queria entender



Eu só queria entender:

o sexo dos anjos,

o tempo da verdade,

a causa das injustiças,

o amor de uma mãe,

o aparelho digestivo dos urubus,

a derivada da intuição,

o caráter dos loucos,

o cérebro de alguns políticos,

a grandeza do universo,

o efeito da moral,

o enigma das pirâmides,

a liberdade do pensar,

o funcionamento da memória,

o futuro da poesia,

a lógica dos desejos,

o jogo das emoções,

o mecanismo da dor,

a maldade da dúvida,

o medo do destino,

o milagre da reprodução,

a origem da indolência,

o mistério dos sonhos,

o objeto da sorte,

a razão dos canalhas,

o poder da fé,

o preço da liberdade,

a vida em outros planetas,

o preconceito do racista,

o sentido da vida,

as mulheres.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Falou e disse



Falou e disse


Tem gente que
Fala alto,
Fala até ficar rouco,
Fala baixo,
Fala bem = eloquente,
Fala bem ao microfone,
Fala besteiras,
Fala cantado,
Fala chorando,
Fala com a boca cheia,
Fala com a boca fechada = ventríloquo,
Fala com os mortos,
Fala com surdo/mudo = por sinais,
Fala cuspindo no ouvinte,
Fala cutucando o ouvinte,
Fala da boca para fora,
Fala daquilo que não sabe,
Fala de cadeira,
Fala de improviso,
Fala de lado e olhando para o chão,
Fala demais = tagarela,
Fala depressa,
Fala devagar,
Fala discretamente,
Fala do silêncio – que falar do não falar,
Fala dormindo,
Fala enrolado,
Fala gaguejando,
Fala grosso,
Fala mais que pobre na chuva,
Fala mal = maledicente,
Fala muito = falastrão,
Fala na hora errada,
Fala na lata, o que tem para falar,
Fala o que não deve,
Fala outras línguas,
Fala para todo mundo ouvir,
Fala pelas costas,
Fala pelos cotovelos,
Fala por falar,
Fala por mímica = com gestos,
Fala por parábolas,
Fala porque ouviu alguém falar,
Fala pouco,
Fala que nem papagaio,
Fala reservadamente,
Fala rindo,
Fala sem parar,
Fala sozinho,
Fala tudo que vem à cabeça,
Fala, fala e não diz nada,

Agora, falando sério:
Tem gente que precisa aprender a falar e tem gente que precisa aprender a calar
porque nem sempre quem fala o que pensa (quem fala ao vivo), fala a verdade e não se fala mais nisso.
Eu estava esquecendo de falar o principal: - Eu gosto muito de você.
Falou?
Falou e disse...

P.S.: Você não acha que é preferível falar isto tudo que ser mudo?

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Falando de mesa




Falando de mesa


Não faz muito tempo que escrevi “falando de cadeira” sem fazer referência alguma à mesa. Injustiça.
Sentei-me, então, à mesa do computador para tentar encontrar algumas expressões que com ela se relacionasse.
Notei que o computador, hoje em dia, está substituindo algumas mesas, como a mesa de sinuca, a mesa de pebolim, a mesa de tênis e a mesa de jogar cartas. Graças ao Bom Deus, a mesa virtual não conseguiu substituir a mesa do almoço. E por falar em almoço, nada como uma mesa farta de frutas, doces, salgadinhos e outras delicias para a gente saborear.
Mesa farta a gente costuma ver mesmo, só em festas. Nessas ocasiões, além das comidas, temos também as bebidas que costumam deixar algumas pessoas embriagadas. Quando o seu efeito se manifesta, elas sobem e dançam em cima da mesa.
E falando, ainda, de coisas deliciosas, existe uma série de livros de receitas cujo o título é “Araxá põe a mesa” que recomendo a compra, a leitura e o uso.
Próximo da cidade de Araxá tem um lugarejo conhecido como “Morro da Mesa”, que tem muito mais de morro que de mesa.
Verdade é que existem vários tipos e modelos de mesa: - mesa grande, mesa pequena, mesa quadrada, mesa retangular, mesa oval e a mesa redonda que pode ser também uma reunião de pessoas entendidas ou abalizadas que discutem ou deliberam, em pé de igualdade, sobre determinado assunto.
Quanto ao material de que são feitas, podemos encontrar mesas de madeira, de vidro, de pedra e de plástico, entre outros. Algumas mesas possuem quatro pernas, outras três e outras apenas uma. Quando uma pessoa é muito chata, dizem que ela dá chulé até em pé de mesa.
As mesas podem ser desmontáveis, dobráveis ou de abrir.
Quanto ao lugar que ocupam, elas podem ser de canto, de centro ou de cabeceira.
Se há um tipo de mesa que eu não gosto é a mesa de passar roupa.
Sobre a mesa de trabalho eu prefiro nem comentar.
Outros tipos de mesa são: as mesas examinadoras, mesas julgadoras, mesa de discussão, mesa de apuração e as mesas das Câmara e Assembleias.
Uma mesa que tem história é aquela onde Jesus fez a sua última e Santa Ceia.
Mesas costumam ser lugares de confraternização como são as mesas de um bar e a mesa de jantar. Esta última foi motivo de inspiração para Sérgio Bittencourt compor a música “Naquela mesa” onde ele, carinhosamente, homenageou seu pai – Jacob do Bandolim. Para sentar-se à mesa de um bar e usufruir de alguns momentos agradáveis, é preciso trabalhar muito ou receber uma boa mesada.
Finalmente, vou pôr as cartas na mesa: - Quando alguém perde um jogo e tenta reverter o resultado, usando recursos, muitas vezes ilegais, diz-se que ela está tentando virar a mesa. Pena que para os casos de amor isto nunca funciona, porque...

P.S.: se você mostrar este texto para alguma pessoa, devo-lhe dizer que vou esconder debaixo da mesa de vergonha.

Congressual



Congressual


Quando, pela manhã, pego meu jornal e abro
para ler as notícias do mundo, de modo geral,
deparo com cenas de um congresso macabro
que envergonha nosso país de forma surreal.

Por favor, abaixem para mim este candelabro;
acho que eu estou com sério problema visual.
Aquilo ali virou mesmo verdadeiro descalabro.
Ou ofender, cuspir, desacatar agora é natural?

Que reação teria Itamar Franco e Célio Borja
presenciando o comportamento dessa corja?
E o que faria vendo tudo isso o Rui Barbosa?

Diante dessa Câmara corrupta em polvorosa,
talvez, clamassem em gesto simples e gentil:
- Deus, salve este país querido. Salve o Brasil!

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Bicho carpinteiro




Se tem uma profissão ou hobby que eu sempre quis praticar foi a de marceneiro. Trabalhar com ou na madeira é coisa que me faz bem.
Na semana passada, a caminho da roça, vi uma árvore tombada às margens da estrada. Lembrei-me então do meu amigo de infância Paulo Pereira, irmão de Penélope (Pepê). A última vez que eu encontrei com ele foi em dezembro do ano passado, visitando o presépio do pipiripau.
Paulo Pereira é conhecido na roda de amigos pelo apelido carinhoso de “Pape”.
Ele é um grande carpinteiro (um varapau) e seus trabalhos são reconhecidos por muita gente mundo afora, pela qualidade e pela beleza, inclusive, por este que vos fala. O homem é bom pra dar com pau.
Já tive a oportunidade de ver os trabalhos de Pape numa exposição. Uma mesa e dois bancos que ele fez de ipê, um baú de angico, uma cama de mogno e um oratório feito de jatobá.
Atualmente, Pape está fazendo uma cômoda e uma penteadeira de jacarandá, com uma moldura toda torneada para presentear sua futura esposa, dona Janaína, que eu ainda não conheço.
Pape, como dizem seus amigos, “é pau pra toda obra”. Só não gosta é de ser incomodado enquanto está trabalhando. Certa feita, sua irmã, Pepê, quis meter a colher de pau no seu trabalho (dar palpite) e aí, como costumam dizer lá no Paraná: - O pau caiu a folha, ou seja: o pau comeu pra valer.
Mas você sabe que em briga de família ninguém ganha. Fica pau-a-pau. Aliás, briga é ruim de qualquer jeito.
Numa outra vez, foi um desconhecido que quis meter o pau (falar mal) de um trabalho que ele estava fazendo. Se não me falha a memória, era uma gamela para fazer média com a sogra. O pau comeu solto. O, então, desconhecido levou um pau que não irá esquecer nunca mais.
Outro que quase apanhou de pau foi o Marcondes. Este eu não lembro o motivo.
Sorte de muita gente é que Pape ainda não comprou um pau-de-fogo – um revolver.
Pape é uma pessoa muito boa. O que não se pode fazer é desqualificar o seu trabalho, porque aí ele fica nervoso e chuta o pau da barraca.
Apesar de nervosismo e de trabalhar muito, Pape gosta de jogar truco com os amigos e de lembrar a vez que ganhou uma queda, quando na última rodada, saiu só com um Ás, um Dois e um Três de paus.
Eu sempre falo com ele para não ficar esquentando muito a cabeça, porque cabeça quente para pau-de-fósforo que, além de esquentar a cabeça ainda queima no golpe.
Na minha casa eu tenho um guarda-roupas que ele fez para mim de jacarandá. Como, agora estou precisando de uma escada e vou procurá-lo neste final de semana.
Um fato interessante que Pape conta como grande vantagem foi quando ele tinha 12 anos e conseguiu ganhar um bom prêmio em dinheiro, subindo num pau-de-sebo.
Outro fato interessante, ou melhor: dantesco, é o fato dele já ter feito um caixão para si mesmo e uma cruz com madeira de lei para ser afixada na cabeceira de sua sepultura, quando ele morrer.
E por falar em morrer, Pape, tem paúra (medo em italiano) da morte, motivo pelo qual ele tem rezado, diariamente, para uma tal santinha do pau-oco.
E por estar se tornando uma pessoa famosa – um grande artista, já tem gente aproximando-se dele com um pau de selfie para tirar uma foto com ele. Pape não entende nada. Fazer o quê?
Pape era muito pobre. Pobre não, paupérrimo. Morou numa casa de pau-a-pique quando criança, lá no nordeste. Depois que veio para Minas Gerais num pau-de-arara, onde construiu uma casa com o madeiramento todo de peroba rosa, apesar dele gostar mais de trabalhar com pau d’alho. Ele diz que é mais resistente. Disso eu não entendo, nada.
Fato curioso é que Pape nunca aprendeu dançar mas gosta de ver a gauchada dançando a chula. Aquela dança que eles ficam pulando sobre um pau, no chão do galpão.
Mas, nem tudo tem dado certo para meu amigo carpinteiro. Noutro dia ele, na maior cara de pau, ele cantou a noiva do vizinho. Quando ouviu do mesmo: - vou lhe mostrar com quantos paus se faz uma canoa, Pape caiu no mato. Essa bateu no pau, desculpa-me, no travessão. Meu amigo se viu no pau-da-goiaba.
Tem uma coisa que eu e Pape não combinamos. Pape gosta de rock pauleira. Eu não.
O sonho de Pape, agora, é conseguir um pau-brasil, torneá-lo e doá-lo à escola para servir como pau-da-bandeira.
Pape não é e nunca foi um pau d’água mas, às vezes que bebe e tenta fazer um trocadilho, que não é a sua a praia. Numa assembleia, lá no sindicato dos madeireiros, quando o presidente disse que iria ler a pauta da reunião, ele fez um trocadilho que não posso repetir aqui, agora. Quando um membro pediu ao presidente para falar mais devagar, paulatinamente, ele fez outro. Sem comentários. Detestável é o nome que o proprietário de uma madeireira deu para a sua empresa, ali no Barreiro: Principau 
Agora vou ter que parar. Estou pensando em ajeitar meus pauzinhos para arrumar um emprego lá perto de casa.
P.S.: Não sei quem pediu para escrever isto. Como eu sou pau-mandado...

Matei a pau...

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Você não vai acreditar



Você não vai acreditar


Acredito que o ato de acreditar seja sempre subjetivo.
Geralmente, para se acreditar em algo é preciso que esse algo sensibilize de algum modo os nossos sentidos (visão, audição, olfato, tato ou amor).
Só acreditamos que um bolo é macio quando o apalpamos, que uma flor tem perfume quando a cheiramos, que uma coisa é bela quando a olhamos, que uma música é bonita quando a ouvimos, que uma fruta é saborosa quando a provamos. Agora, acreditar no amor é diferente. Envolve um olhar, uma voz, um abraço, um beijo, uma química e muito mais.
A “arte” de acreditar é bastante complexa. Estamos quase sempre dispostos a acreditar mais naquilo que vemos e que sentimos do que naquilo que não vemos e ou não sentimos.
Por exemplo: - Há pessoas que não acreditam em Deus - Inteligência Suprema, Causa Primária de todas as coisas... (sem comentários), mas acreditam em horóscopos. Outras há que acreditam em discos voadores, mas não acreditam na vida após a morte do corpo físico; acreditam na sorte, mas não acreditam que o homem foi à lua.
De tudo que se pode acreditar ou deixar de acreditar, o mais difícil, hoje em dia, é o acreditar nas pessoas. Muitas vezes, acreditamos nelas por algum período de tempo e depois não mais.
Tem gente que fala uma mentira de forma tão convincente que nos faz acreditar tratar-se de uma verdade, enquanto outras falam uma verdade de maneira tão irônica ou infantil que achamos que ela esteja mentindo.
Se existe, hoje em dia, pessoas em quem, por vezes, podemos acreditar, essas pessoas são as crianças. Dificilmente, elas falam mentiras.

Uma classe de pessoas difícil de se acreditar, atualmente, são nossos políticos brasileiros.
Certo é que, a pessoa em que devemos acreditar, primeiramente, é em nós mesmos.

Buda dizia: “Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e benefício de todos, aceite-o e viva-o.”

Algumas pessoas costumam nos fazer acreditar que algo seja verdadeiro, repetindo-o várias vezes. Cuidado com elas.
Podemos acreditar ou não em coisas ditas e ou acontecidas em tempos remotos. Palavras, manuscritos, fenômenos naturais, etc. Mas nem sempre essas coisas são verdadeiras ou aconteceram de fato.
Havia na televisão, não sei se ainda há, um programa que mostrava fatos que pareciam impossíveis de terem acontecidos e cujo o nome era “Acredite se quiser”.
É provável, também, que muitas pessoas, acreditando numa mesma situação, projetem vibrações nesse sentido, prevendo que ela vá ocorrer. Um exemplo disso: uma procissão, onde os devotos oram pedindo chuva. Outro é a torcida do Atlético Mineiro, em jogo da Copa América, gritando: “Eu acredito, eu acredito...”
E o que dizer de acreditar em milagre? Pessoas que voltam a recuperarem a saúde depois de serem desenganadas pelos médicos.
Albert Einstein já dizia: “Há duas formas para viver a vida: Uma é acreditar que não existe milagre; a outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.”
Acreditar com convicção é ter fé e acreditar desacreditando é duvidar.
Silvio Santos, em seu programa dominical, costumava brincar de São Tomé dizendo: - Eu só acredito vendo!
Triste mesmo é acreditar em alguma coisa ou na promessa de alguém e essa coisa não acontecer ou essa pessoa não cumprir o prometido. Resultado: - decepção.
Atualmente, eu tenho procurado acreditar;
- que o país vai sair fortalecido dessa crise,
- que a confiança nas instituições vai prevalecer,
- que o mosquito da dengue vai ser exterminado,
- que o América vai permanecer na 1ª divisão do Brasileirão,
- que eu vou ganhar na mega-sena,
- que nossa juventude pode e vai fazer melhor – podes crer,
- que o bem vai vencer o mal, e
- que dias melhores virão.
Finalmente numa coisa muito importante que tenho para lhe dizer e que eu acho que você não vai nem acreditar: é que eu gosto muito, muito mesmo de você.
Abraços.


Ary Viotti

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Impeachment




Eu sou a favor do impeachment.
Uma mulher que:
- grampeou os meus sonhos,
- assaltou a minha intimidade,
- prometeu-me carinhos e não entregou-me,
- locupletou-se dos meus abraços e beijos,
- fraudou a minha confiança,
- desviou os meus projetos de felicidade,
- foi cúmplice das minhas lembranças,
- roubou a minha inspiração,
- descumpriu a Lei de Responsabilidade afetiva,
- fez da “minha Causa, minha Vida” uma ilusão,
- demitiu as minhas ideias,
- subornou os meus sonhos,
- revogou a minha poesia,
- disse que era golpe todo o carinho que eu a dedicava,
- extraviou as minhas esperanças,
- desestabilizou os meus desejos,
- corrompeu os meus sentimentos,
- arquivou o meu sorriso,
- deu pedaladas no meu coração,
- exonerou o meu amor,
- decretou o fim da minha alegria,
Não pode governar a minha vida.
Impeachment já!

terça-feira, 8 de março de 2016

Caiu por terra



Caiu por terra


- a fruta madura,
- o homem bêbado,
- a criança que tropeçou,
- o pedaço de biscoito quebra-quebra,
- a bola alçada,
- as folhas no outono,
- a chuva abençoada,
- o viaduto mal construído,
- a máscara do hipócrita,
- o equilibrista, quando a corda arrebentou,
- a honradez do mentiroso,
- as calças mal amarradas,
- a farsa do político desonesto,
- o pássaro abatido,
- a maldade do injusto,
- o orgulho do vaidoso,
- a defesa do imbecil,
- as previsões dos astrólogos,
- a razão do egoísta,
- o desrespeito do aventureiro,
- a ilusão do presunçoso,
- o mito do ortodoxo,
- o cartão de visita,
- a petulância do ambicioso,
- as ideias do estupido,
- a imaginação do crente,
- o ritual do feiticeiro,
- o dente do entrevistado e,
- a minha esperança de ganhar um beijo dela.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Falando de cadeira




Falando de cadeira



Ontem, ouvindo a linda canção “Cadeira vazia” de Lupicínio Rodrigues, me veio à mente o desejo de falar sobre cadeiras - seus tipos, propriedades, usos etc.

Cadeiras são móveis fabricados com madeiras, ferros, plásticos ou com um outro tipo de material ou com a combinação deles.

As cadeiras são compostas, geralmente, de pés, assento e espaldar ou encosto. Algumas com apoio para os braços. Hoje há designers que se dedicam a projetarem vários tipos e estilos de cadeiras que levam em conta a beleza, a praticidade e, sobretudo, o conforto de quem nelas irão sentar-se. São denominadas de “cadeiras anatômicas”.

Cadeiras são tão importantes em nossas vidas que, muitas vezes, podem ser encontradas em quase todos os cômodos de uma casa.

Quanto ao tipo, as cadeiras podem ser:

- “de bebê” - são mais altas para que as mães tenham facilidades de alimentarem seus filhos junto à mesa;

- “de criança” – são aquelas presas nos bancos traseiros dos carros para que a criança faça uma viagem segura;

- “cadeiras simples” – são aquelas que usamos para sentarmos à mesa quando vamos fazer refeições, para realizarmos algum trabalho ou até para um jogo de cartas.
Para certos tipos de trabalho a melhor opção costuma ser  “cadeira giratória”

- Visando maior conforto, as cadeiras foram ficando cada vez maiores e passaram a ser chamadas de poltronas como são as “cadeiras do papai”;

- Existe também a “cadeira do vovô” que é a mesma “cadeira de balanço”.

- Para dirigentes de filmes foi inventada a “cadeira de diretor” que é dobrável e de fácil transporte; Aliás, numa empresa ou num órgão público as cadeiras de chefe costumam ser diferente das demais. Com assentos e encostos almofadados geralmente elas são melhores que as demais;

- Não há nada melhor que se esticar numa “cadeira espreguiçadeira” às margens da piscina, tomando uma cerveja gelada!

- Um destaque para a “cadeira de rodas”, cujo os ocupantes ganharam o nome de “cadeirante” e que têm merecido uma atenção toda especial das autoridades no mundo todo para o seu deslocamento.

- Infeliz a pessoa que criou a “cadeira elétrica”. Com certeza, muita gente deve ter desejado a ele a morte dele no próprio invento;

Algumas cadeiras são bastante cobiçadas como uma cadeira na câmara legislativa ou uma cadeira na academia de letras.

Disciplinas ministradas nas faculdades ganham o nome cadeiras, como as cadeiras de física, de química, de filosofia, etc.

Puxar uma cadeira para uma senhora sentar-se é um ato de educação, já deixar uma donzela num baile sem convidá-la para dançar é dar a ela um “chá de cadeira”.

Num bar, quando se inicia uma briga, um dos primeiros objeto que se usa para defender e ou atacar é uma cadeira. E uma pessoa que leva algumas cadeiradas nas costas, dependendo da violência, pode ficar “descadeirada”. Cadeiras, aqui, é sinônimo de quadris.

E agora, um pouco de humor negro. Dizem que o maior inimigo de uma pessoa gorda não é mais a balança e sim a cadeira de plástico, pois ela quebra com muita facilidade, deixando a infeliz no chão.

São muitos os tipos de cadeiras e alguns até mesmo especiais, como a “cadeira reservada”, a “cadeira numerada” e a “cadeira cativa”. Esta última é sua aqui no meu coração. Sente-se e fique à vontade.

P.S.: Agora, se alguma pessoa pedir que eu fale mais alguma coisa sobre cadeira, eu simplesmente direi: - “pode esperar sentada. 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Dengoso



Dengoso




Estou fugindo da dengue, da chikungunya e da zika.

O Aedes aegypti é mesmo um mosquitinho infernal.

Quando a gente menos espera, ele vem e nos pica,

provocando febre, diarreia e uma dor sobrenatural.


Se a febre for hemorrágica, então a coisa complica;

A vítima precisa procurar um médico, ir ao hospital,

tomar remédios, ficar de repouso e uma outra dica:    

não tomar pinga, cerveja e nem brincar o carnaval.


Eu já fui picado mas, por um outro tipo de mosquito

e esta picada vem me causando muita dor no peito;

dor esta que como costumam dizer: "não tá escrito"


Acho que o nome desse mosquito é Aé de Paixão

Todavia, não descobriram a vacina que o dê jeito.

Vou ter de sofrer muito, ainda, com esta desilusão.


terça-feira, 26 de janeiro de 2016



Há pessoas que:

- a arrogância      não as aborrecem,

- a blasfêmia       não as atingem,

- a calúnia           não as alcançam,

- a injúria             não as arrasam,

- a imbecilidade  não as atravancam,

- a petulância      não as afrouxam,

- a intriga            não as amesquinham,

- a descrença     não as atrapalham,

- a difamação     não as aniquilam,

- a provocação   não as atemorizam,

- a indireta          não as acertam,

- a doença          não as agoniam,

- a falsidade       não as abatem,

- a fofoca            não as aplicam,

- a humilhação   não as afetam,

- a ingratidão     não as acabrunham,

- a injustiça        não as anulam,

- a insinuação    não as abrangem,

- a insulta           não as afligem,

- a intolerância   não as atormentam,

- a inveja            não as angustiam,

- a irreverência   não as avexam,

- a maldade        não as apequenam,

- a morte            não as assustam,

- a ofensa          não as abalam,

- a estupidez      não as afrontam,

- a ignorância    não as abarcam,

- a lisonja          não as atiçam,


e assim sendo, ou talvez por isto mesmo, vivem mais felizes.