quarta-feira, 19 de junho de 2013

Quadras quadradas



Quadras quadradas


Dizem que amor machuca muito a gente
e que, as vezes, acaba deixando sequela;
O amor de Augusto foi tão contundente,
que hoje ele traz uma cicatriz - Gabriela.

Quem vê aquele homem com papel e caneta,
a escrever naquela mesa, com tanta emoção,
não sabe que hoje, começou dá-lo na veneta,
amar e a conversar com seu próprio coração. 

Às vezes a gente faz, desfaz, acontece e apronta;
depois se arrepende, se desculpa e pede perdão.
Agora dizerem que não gosto dela é uma afronta
Afinal, quem pode decifrar as coisas do coração?

E se o amor resolver me abandonar,
juro que não sei o que será de mim.
se por ele vou sofrendo sem parar;
sem ele, podes crer, será o meu fim.

Um amor que julgava estivesse morto, com certeza,
obrigou-me a exumar o coração para poder conferir.
Mas ao abrirem meu peito, foi uma grande surpresa;
Lá estava você, toda alegre, a brincar para eu sorrir.

Meu peito aluga seu coração para um monte de gente.
Agora, veja você, do que um simples aluguel é capaz:
ontem o amor de trás veio visitar seu vizinho da frente;
hoje, é o amor de frente que visitará o vizinho de trás.

Diante desse olhar, cheio de lirismo,
a uma indagação que sempre chego:
- como que pode nosso Espiritismo,
querer que eu viva sem o desapego?

Um comentário:

  1. É sempre uma alegria visitar o seu blog, e encontrar esses seus escritos, que de uma forma velada, mas não tanto, falam de você!
    Abraço afetuoso

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