segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Perda de tempo



Perda de tempo


Ninguém gosta de perder nada nesta vida, ou melhor, quase nada. Tem muita gente por aí querendo perder peso. Abaixo uma lista de coisas que não queremos, não devemos e ou não podemos perder.

Perder dinheiro,
A aula,
O emprego,
A batalha,
O encanto,
A confiança,
O foco,
A consciência,
O fôlego,
A coragem,
O jeito de ser,
A esperança,
O jogo,
A festa,
O lugar,
A hora,
O ônibus, o avião, o trem...
A juventude,
O sentido das coisas,
A oportunidade,
O sono,
A paciência,
O rumo de casa,
A vergonha,
O fio da meada,
A visão, o tato, o olfato, a audição, o paladar,
Um arquivo no computador,
Uma boa amizade,
Um ente querido, e ou
Um amor.

De todos acima relacionados, creio que o pior mesmo seria perder o seu amor.
Aí sim, será quase como que perder a vida.




sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Evoluindo



Evoluindo


se você estiver:
anulando os medos,
purgando as paixões,
apagando as tristezas,
aplicando a humildade,
relevando as faltas alheias,
estudando o Evangelho de Jesus,
extirpando o orgulho,
reparando as injustiças,
praticando a caridade,
depurando a fé,
dominando os traumas,
reforçando a consciência,
eliminando o egoísmo,
purificando a sinceridade,
enfatizando o amor,
eliminando a impaciência,
reformando a intimidade,
fomentando a benevolência,
respeitando as diversidades,
postergando as ilusões,
aprimorando a moral,
prosperando a inteligência,
selecionando as amizades,
desapegando das vaidades,
então, você está no caminho certo
e bem perto da felicidade.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Falta do que fazer



Falta do que fazer


A princípio, pensei em dar título a este escrito de “falta do que fazer”. Mas ele já existe. Pensei, então, em “falta de assunto”. Mas como se a falta é o próprio assunto? Título para o que se vai escrever não falta. Principalmente se o assunto é justamente “a falta”. Podem faltar argumentos, faltar inspiração e faltar até competência, mas nunca título para “faltas”.

As faltas podem ser pessoais (individuais) ou sociais (coletivas), simples, graves, insignificantes ou gravíssimas. Abaixo alguns exemplos:

- Faltas pessoais insignificantes são faltas como a falta de sorte no jogo, a falta de cabelo na cabeça, a falta de estilo, a falta de ritmo, etc.

- Faltas pessoais simples são faltas como a falta de atenção, a falta de alegria, a falta de um bem material (um carro, por exemplo), uma falta de concentração, uma falta de consideração, etc.

- Faltas pessoais graves são faltas como a falta de esperança, a falta de respeito, a falta de caráter, a falta de escrúpulos, a falta de vergonha, a falta de higiene, a falta de saúde, a falta de um membro do corpo, etc.

- Faltas pessoais gravíssimas são faltas como a falta de um dos sentidos - da visão, da audição, do olfato, do tato, da fala e, principalmente, a falta de amor.

- Faltas coletivas e ou sociais são faltas como as falta de hospitais, de água, segurança, de habitação, de transporte, de responsabilidade, de energia elétrica, etc.

Algumas faltas são causas ou consequência de outras faltas. A falta de dinheiro pode ser causada pela falta de emprego, que pode ter sido causada pela a falta de interesse em procurar um trabalho, que por sua vez, pode ser a falta de uma condução ou de um pouco mais de esforço. A falta de vitaminas pode ser a causada pela falta de alimentos, que pode ter sido causada pela falta de chuva e ou pela falta de uma adubação correta da terra. A falta de sinalização e a falta de manutenção de uma estrada podem ter como consequência um acidente, que pode levar a vítima a óbito se a ela faltar o socorro médico, o pronto atendimento ou, simplesmente, se lhe faltar um doador de sangue compatível com o seu.

Há faltas que são contraditórias: a falta de um jogador de futebol convertida em gol pode gerar a falta de alegria para uma torcida e a de tristeza para a outra.

Muito comum, hoje em dia, são as faltas política, como a falta de organização, a falta de coordenação, a falta de controle, a falta de boa administração, a falta de competência, a falta de capacitação, a falta de expediente e com mais evidência ainda, a falta de compromisso com a população, etc.

Na cultura e nas artes, são constantes as faltas de bom gosto: - a falta de bons artistas, de bons músicos, de bons compositores, de bons poetas, etc.
Aqui, uma exceção: - com a devida permissão, veja a trova feita pelo meu amigo Olympio Coutinho:
O passageiro ao voar
treme dentro do avião
- meu senhor, é falta de ar?
- não, moça, é falta de chão.

A “falta de berço”, muitas vezes confundida com a falta de educação, não pode ser associada à falta de escola e ou a falta de professores.
Algumas faltas nos causam muita tristeza, como a falta de uma boa companhia, a falta de carinho, a falta de cooperação, de colaboração, a falta de alguém por perto (saudade), a falta de confiança e a falta de humildade que, resumindo, eu diria serem essas “faltas de coração”.

De modo geral, quase todas as faltas são desagradáveis, inclusive as mais simples como a falta de espaço (muito utilizada pelos cronistas para limitarem suas dissertações) ou a falta de tempo, que muitas vezes não passa de uma desculpa esfarrapada. Quem sabe faz a hora...

Eu sei que nesta minha relação, ficará faltando muitas faltas. E sei também que elas são consequência da minha falta inspiração. Todavia, eu não poderia faltar com a verdade, se não mencionasse aqui a falta de sono, a falta de vontade, a falta de atitude, a falta de perdão, a falta de caridade, a falta de paz, a falta de fé, a falta de uma prece e a mais significativa de todas: a falta de Deus. Esta sim: - a mais perigosa, a mais lamentável e a mais comprometedora.  

Que ela nunca nos falte!

Aliás, que não tenhamos falta de coisa alguma daquilo que precisamos nesta vida!