Era um homem que conhecia de vinhos - um somelier;
identificava a uva, a safra e a região onde fora produzido;
mas um invejoso, hipócrita e infeliz dizia de modo atrevido:
- “não sabe diferenciar um Pérgola dum Chateau Duvalier”.
Era um homem simples, sem óculos e sem relógio Cartier,
trabalhador honesto, responsável e por tantos, mui querido;
mas um invejoso, hipócrita e infeliz dizia de modo atrevido:
-“nunca entrou numa butique, sequer num simples atelier”.
Um dia os dois se encontraram no restaurante Santo Graal
e o invejoso perguntou ao somelier qual vinho para se tomar
quando não faz frio e nem calor – com temperatura morna.
O somelier então respondeu-o de forma gentil e natural:
“para quem não entende de vinho ou que não sabe degustar,
o vinho que eu indico, neste caso, é “o vinho” de codorna”.
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