terça-feira, 1 de junho de 2010

Minas Gerais



Nossas montanhas são altares de luz, onde celebramos o culto à liberdade.


Agradecemos ao Grande Arquiteto do Universo a naturalidade, solicitando-O a sua benção e a sua proteção para mantermos nossa fé sempre alicerçada na verdade e na razão.

De nossas minas brotam o minério que reluz a imagem preciosa de nossas conquistas.
São sorrisos descontraídos, desconfiados, simplistas, mas sinceros que, acompanhados de olhares transparentes de generosidades, vamos transportando no trem das amenidades.

Nossos campos, sítios sagrados, estão sempre a produzir flores e frutos na imaginação.
Neles passeamos pelas trilhas da retidão espargindo alegrias, sonhos e esperanças, enquanto nossos corações vagueiam, calmamente, entre saudosas lembranças.

De nossas fontes, cataclismos de belezas divinais, jorram saúde em quantidade.


São erupções esplendorosas como fogos de artifícios, em festejos à mãe natureza.
Respiramos o ar da humildade, tomamos água mineral encanada no bambu e banhamos nossas almas no canto triste do inhambu.

Rios de águas claras, florestas nativas, clima aprazível, tudo aqui é agradável e singular.


Gozamos destas prerrogativas com o coração condescendente, justo e perfeito.
Paciência e a perseverança fazem parte da tradição desta terra, onde o espírito de amizade é o grande campeão.

Nossos poetas são anjos inspirados por anjos, trabalhando a cultura com diplomacia.
São operários da prosa e da poesia que manipulam temas em profusão, neste solo, onde a inspiração é nativa - brota fácil do chão.

Nossas músicas, sem guitarras, harpas e banjos, são melódicas como a harmonia da mata.
Têm o ritmo elegante de uma tocata e os sons vibrantes que, repletos de emoções, alegram velhas e novas gerações.

Não; não poderia deixar de mencionar a nossa maravilhosa culinária.


Aqui tudo é feito com esmero e com carinho.
Somos da terra da goiabada com queijo e da lua hospitaleira.


Somos da terra da broa de fubá e do tutu; do abraço gostoso e do beijo bão pra chuchu.

Libertas quae sera tamen é lema imortal expresso na nossa bandeira.


Temos na solidariedade uma força altaneira que destrava os óbices do desenvolvimento social através do direito silencioso, caridoso e, muita vez, providencial.

Aqui, a ordem e a coragem se comprazem para assegurarem nossos ideais.


Aprendemos com os nossos pais o respeito, a educação e a cidadania.


E assim vamos vivendo democraticamente em paz, com segurança e fidalguia.

Sim, somos dignos por natureza.


Nossa política é a da boa convivência.


É a política do trabalho e do progresso; da liberdade e da independência.


Somos honestos por vocação, fraternos por devoção e felizes por intuição.

Oh Minas Gerais! Quanto privilégio poder usufruir de suas benesses!


Oh terra de extraordinários encantos!


Oh pátria de valor transcendental!


No quesito civilidade você é referência nacional.




Sua riqueza maior é este seu povo modesto, ético e benevolente.

Receba esta minha pequena homenagem de exaltação, de amor e de imensa gratidão por tudo de bom e de belo que você possui.

Queira Deus, que seja neste lugar onde nasci, cresci e vivi, o lugar para ser também o do meu derradeiro descanso.


E, se não for pecado pedir mais um pouquinho, que seja aqui, Senhor, em Brumadinho.

Tenho dito.

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