sábado, 30 de junho de 2012

Extensão




Extensão


O homem sempre transformou os recursos materiais colocados à sua disposição na natureza para seu progresso, para aperfeiçoar sua segurança e para melhorar seu conforto. Esses recursos, muitas vezes, são extensões do seu próprio corpo ou de parte dele. Todo vestuário, por exemplo, é uma extensão da pele e visa à sua proteção contra as intempéries. Calçados e chapéus e similares também são extensões e têm os mesmos objetivos. É certo que algumas indumentárias foram e são criadas apenas para o embelezamento do corpo físico. A primeira extensão da qual se sabe, teria sido um pedaço de pau ou um porrete que o homem utilizava para caçar e para defender-se dos inimigos. Era uma extensão do seu próprio braço. Depois vieram outras armas e diversas ferramentas para atenderem a essas e a outras necessidades.
Um garfo ou uma colher são extensões da mão.
O simples dedal é uma extensão do dedo e tem por finalidade protegê-lo contra a ponta da agulha.
Um pé-de-pato é uma extensão que o homem inventou locomover-se com maior facilidade debaixo d’água.
Joelheiras, capacetes, máscaras e outros tantos equipamentos de proteção individual – EPIs, como são denominados, surgem a cada dia para protegerem os trabalhadores em suas atividades laborais. São extensões que o homem vai incorporando no seu cotidiano para garantir a sua segurança e a dos seus próximos. Mas, do que pretendo falar mesmo são das extensões que o homem criou e continua criando para ampliar os seus sentidos. Começo pela visão. Limitado a avistar com seus olhos naturais apenas até uma certa distância, o homem inventou o binóculo, a luneta e o telescópio. Para objetos minúsculos, inventou o microscópio e outros equipamentos com lentes focais. Inventou, também, os óculos que muito o ajudam a ler e a ver com maior clareza as coisas do mundo. Para os deficientes auditivos já existem pequenos aparelhos que, afixados na parte posterior do pavilhão auricular, amplificam as ondas sonoras, permitindo-lhes assim que os órgãos internos do ouvido possam captá-las e as decifrá-las.
A fala também teve suas extensões desenvolvidas com a invenção do telefone, do microfone, megafone e de amplificadores de som.
Já, para o olfato e para o paladar, não sei de nenhum recurso que os fizessem dilatar-se.
E agora, o sentido ou sentimento do amor e suas “extensões”. Não; para o amor, que tem sua sede, dizem, no coração, não existe nenhum equipamento que possa distendê-lo ou incrementá-lo. Existe sim, recursos que o fazem expandir suas energias, aumentando suas virtudes e ampliando a sua capacidade de gostar.
Eis, aqui, alguns desses recursos.
Justiça: - Quem ama faz justiça e quem é justo, quase sempre é amoroso. Trabalhar o senso de justiça é estender o amor.
Tolerância e paciência: - são recursos que aumentam o amor. Para alguns, um tanto difícil, mas nunca impossível.
Respeito e lealdade: - Talvez, das virtudes, as mais fáceis de serem colocadas em prática. Sim; respeito e lealdade são também recursos valiosos para quem deseja amplificar seu amor.
Caridade: - Esta sim, tem tudo a ver. Tanto que, por vezes, é confundida com próprio amor. Factível, ela é excelente para quem a pratica.
Fé: - Deve e precisa ser trabalhada todos os dias.
Outros recursos que podem alargar nossos corações são: o Perdão, a Gratidão, a Humildade, a Compaixão, a Amizade e, finalmente, o Exemplo: - este personificado, de modo singular, no mestre maior, JESUS.
Sejam quais forem os recursos utilizados pelo coração para amplificarem o amor, o importante é fazer com que eles apresentem bons resultados e que esses resultados modifiquem o nosso modo de viver, pois, com toda certeza, O AMOR É A EXTENSÃO DA VIDA.




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