Direito, Razão, Vontade e Livre Arbítrio
Quando não
queremos ser afirmativos, taxativos e ou mostrarmos convictos daquilo que pretendemos
dizer, geralmente iniciamos um texto ou uma exposição de ideias com as
seguintes palavras ou expressões:
- penso que;
- desconfio que;
- imagino que;
- parece-me que;
- presumo que;
- tenho a impressão de que;
- pode ser que;
- é bem provável que;
- acho que;
- suponho que;
- tudo indica que;
- ando cismado que;
- suspeito de que;
- conjecturando sobre;
- não tenho certeza absoluta de
que;
- aparentemente;
- talvez;
- às vezes, etc.
Eu
poderia ter escolhido qualquer uma das retro mencionadas para dizer que mal
comparando Direito, Razão, Desejo e Livre Arbítrio são como quatro pontas
de um lençol com elástico. Depois de colocarmos as duas primeiras pontas no
colchão, ao tentarmos terceira e a quarta, a primeira e ou a segunda se
desprendem. Às vezes, afixamos três e no momento em que vamos afixar a quarta,
uma, outras duas ou até as três se soltam do colchão. Mas, com paciência e com perseverança,
a gente acaba conseguindo estender o lençol. E não há coisa melhor que, depois
de um dia de trabalho exaustivo, tomarmos um banho frio e, com a consciência
tranquila, deitar-se numa cama com um lençol branco bem estendido para
descansar.
Agora,
voltando ao tema, por vezes achamos que temos o desejo, o livre arbítrio e a
razão para falar ou realizar algo, mas nem sempre esse algo está de acordo com
o direito. Outras vezes, achamos que temos o direito, temos o desejo e o livre
arbítrio, mas a razão não se coaduna com as demais. Associar duas ou mais
palavras destas é como afixar um lençol na cama e daria para escrever/digitar
algumas páginas, aqui. Não é o que pretendo fazer. Ademais, não sei nem se eu
seria capaz para tanto. Mas, para não ficar sem um desfecho isto que comecei a
escrever, devo-lhe dizer que tenho razões
para gostar de você, tenho o direito
de gostar de você, tenho o livre
arbítrio de gostar de você e tenho também o desejo de nunca deixar de gostar de você. Mal comparando, vejo o
meu coração é mesmo como um colchão onde, tento estender e entender algumas
verdades. Todavia, nem sempre eu consigo.
Era isto.
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