quinta-feira, 3 de junho de 2021

Trovas 81 - 100


 



Sonhava com a medicina,

o bambambã lá da gangue,

mas não tomava vacina

e tinha pavor de sangue.

 

 


Vejo em um mesmo salão,

que hoje em dia tudo pode:

- ela... a fazer pé e mão,

e ele... barba e bigode.

 

 


Eu só queria saber,

e ninguém quis me contar;

porque o amar faz sofrer,

e o sofrer não faz amar?

 

 


Não há nada mais direito

para a nossa salvação

que manter dentro do peito

muito amor no coração.

 

 


Se você for dirigir,

faça um favor: - nunca beba;

a desgraça pode vir,

sem que você a perceba.

 

 

Tantos flertes e psius,

mas de nada adiantou;

dizendo ser “fake-news”

você me defenestrou.

 

 


Você não deve brincar,

brincar assim de querer;

querer assim faz amar,

amar assim faz sofrer.

 

 


Acabo de descobrir

um modo de ser feliz:

ser honesto, não fingir,

no que se faz e se diz.

 


 

Com sua Bíblia nas mãos,

fala e até se expressa bem;

chama a todos de irmãos,

mas não ajuda a ninguém.

 

 


E conte sempre comigo

para o que der e vier,

mas, por favor, meu amigo,

esqueça aquela mulher.

 

 




Eu sou um desconfiado,

que desconfia de tudo;

até de que sou amado...

mas sou assim e não mudo.

 

 


Não me canso de repetir,

este dito - é por dever:

 "Quem não vive pra servir,

não serve para viver".

 

 


Quem ama não se ofende,

pois entende a situação:

e, se sofre, compreende

a quem ama e dá perdão. 

 


 

A situação é bizarra

e me deixa até perplexo:

o cantar desta cigarra

será por falta de sexo?

 

 


Com o seu olhar sempre crítico,

de muito ódio e censura,

só via em todo político

a falta de compostura.

 

 

Eu sei que não aprovas,

o meu modo de escrever

mas lendo minhas trovas,

tu desmanchas em prazer.

 

 


Será que o crime compensa?

Eu começo a duvidar

quando leio na sentença:

“Prisão domiciliar”

  



Sempre que eu me lembro,

dos teus olhos me fitando,

penso: - já é dezembro,

Papai-Noel tá chegando.

 



Acho muito estranho

esse seu jeito, mulher;

cama, mesa e banho,

tudo que vê você quer.

  



Eu te achei inteligente,

muito meiga e carinhosa;

pois errei redondamente:

és uma cobra... e venenosa!

 

 


Sempre o melhor jornalista

é o que diz a verdade,

de forma bem realista,

com muita simplicidade.




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