terça-feira, 1 de junho de 2021

Trovas 21 - 40

 









Foi só depois de velho,

que a estudar me propus,

todo o bom Evangelho

do nosso mestre Jesus.

 

 


Leva todo esse minério,

de caminhão ou de trem,

mas deixa-me esse mistério

do sorriso do meu bem.

 

 


O amor é jogada

que provoca contusão;

a alma fica estirada

com cãibra no coração.

  


Quando eu tiver que deixar,

meu mundo, meu cantinho...,

quero em seus braços deitar

e morrer bem de mansinho.

 



Se o amor é doença

que dizem não ter cura,

morro sem desavença,

mas morro com a alma pura.

  



Tanto amor lhe dediquei,

mas quase nada adiantou;

ainda assim lhe darei

todo aquele que sobrou.

  



Esta foi a condição

que ela me concedeu:

- dou-lhe o meu coração,

mas primeiro quero o teu.

 



Cavava sua própria cova,

morrer era a panaceia,

mas bastou ler uma trova

para mudar de ideia.

 


 

Apoiado nas colunas

da justiça e da verdade

não encontrava lacunas

para a adversidade.

 


 

Na claridade do dia,

você roubou meu amor;

é pena que não sabia

das penas do infrator.







Cavava sua própria cova,

morrer era a panaceia,

mas bastou ler uma trova

para mudar de ideia.

 


 

O amor não nos obriga

a dar reciprocidade;

ele apenas nos instiga

para a tal fidelidade.

 


 

Que a justiça seja feita!

Proclamo até ficar rouco:

- não há a mulher perfeita,

mas em você falta pouco.

 



Segue aqui o meu recado:

procure esquecer de vez

todo o mal já praticado

e todo bem que não fez.

 

 


Tive ontem uma ideia;

pretendo levá-la ao SUS,

- á grande panaceia

só tem um nome: Jesus.

 

 


Depois que te conheci,

quase nada mais me afeta;

pois só de pensar em ti,

eu me transformo em poeta.

 

 


E quando chegar o frio,

por você tão esperado,

vai ter no fundo do rio

só peixinho congelado.

 

 


Fiz do meu peito um nicho,

para uma santa viver,

agora, por capricho,

vi que esta santa é você.

 


 

Lá se foi o mês de julho,

e quase nada aqui mudou;

nas ruas, pouco barulho,

em casa, a sogra surtou.

 


 

Nas rimas, ele não falseia;

nos versos, mostra-se um craque;

é um poeta de mão cheia

o mestre Olavo Bilac!

 




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