terça-feira, 16 de junho de 2015

Achava a chave



Achava a chave


A palavra chave vem do latim – clave e tem várias aplicações.

É com ela que se abre a escrita de uma partitura musical. A clave pode ser de sol, de fá ou de dó e serve para dar nome e altura da nota. Quando falamos em chave, a primeira ideia que nos vem à cabeça é a de uma chave para abrirmos ou fecharmos uma sala, um quarto, uma gaveta qualquer ou até mesmo um cadeado. Mas chaves são várias. Nos veículos automotores temos a chave de ignição, a chave do tanque de combustível e a chave da porta que, atualmente, é a mesma para todas funções. E para fazer manutenção desses veículos temos, entre outras, a chave de roda, a chave de fenda e as chaves estrias. Para a manutenção hidráulica temos as chaves de boca, antes chamadas de chave inglesa, as chaves de cano e as chaves grifa. Já, para a manutenção elétrica, temos as chaves phillips, as chaves allen e a chave bipolar. Existe a chave falsa que é aquela que abre uma fechadura que não a sua e a chave mestra que é a que abre várias fechaduras. Por falar em fechadura, por que não “abridura” ao invés de abertura? Algumas chaves são bastante cobiçadas como as chaves de um cofre cheio de dinheiro e outras detestadas como as chaves de uma cadeia. Há pessoas que com o sobrenome Chaves fizeram e ou fazem sucessos na vida, como o político mineiro Aureliano Chaves, ex-governador de Minas Gerais e o cantor compositor Juca Chaves. O mexicano Roberto Gomes Bolaños, morto no começo deste ano, ficou conhecido mundialmente pelo apelido de “Chaves” numa série de filmes humorísticos. Nas expressões matemáticas temos as chaves que vêm antes dos colchetes e dos parêntesis e na informática chaves são as senhas de acesso aos sistemas. Até mesmo numa luta corporal temos as chaves de perna e as chaves de braço. No Paraná é muito comum vermos as pessoas usando o verbo chavear para designar fechar ou trancar uma porta. Homenageando Fernando Brant que faleceu no dia 12 de junho de 2015, vale a pena lembrar o primeiro verso de sua Canção da América – “amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves dentro do coração”. São quase duas tetras chaves. Finalizando, não com chave de ouro, porque aí já seria demais, digo que a chave do sucesso é ser mesmo amigo de São Pedro, pois dizem que ele é quem detém a chave do céu. 

Um comentário:

  1. Ary Viotti, parabéns! Ficou muito inteligente "Achava a chave", e também atual, linda homenagem ao querido Fernando Brant. Grande abraço!

    ResponderExcluir