domingo, 16 de maio de 2021

Alegorias sobre a dependência

 


Alegorias sobre a dependência

Aí depende

 

Alguém já disse, certa vez, que o homem é um eterno carente. Eu, porém, digo que o homem é um eterno dependente. A começar pelo nascimento. Para vir a este mundo ele precisa da vontade de um homem e de uma mulher – seus pais. Em seguida passa a depender deles para se alimentar, para vestir, para morar, aprender as primeiras palavras etc. Depende dos pais, também, para receber as primeiras noções de respeito, de educação e de direito. Já na juventude, vai a depender de professores para se alfabetizar e adquirir conhecimentos de ciências, de matemática, da língua pátria etc. Mais tarde, de alguém para adquirir conhecimentos específicos numa escola de ensino superior. Formando, sai em busca de um emprego. É quando terá que se submeter a um superior. Se quiser ser patrão, vai depender de empregados para executar as tarefas. Se assim for, pode vir a depender de um empregado para ajudá-lo na execução das tarefas que precisa realizar. Há casos em que essa dependência é mútua: o patrão depende do empregado e este do patrão. E as dependências nunca acabam. Se se deseja casar, vai depender de um parceiro ou parceira. Se quiser que o casamento aconteça numa igreja, vai depender de um padre ou de um pastor. Se casar, dependerá do cônjuge para várias coisas. Já na vida adulta, pode vir ser acometido de uma enfermidade. Aí vai depender um médico e, conforme for o caso, vai passar a depender, também, de remédios. Um parêntesis para lamentar aqueles que se tornam dependentes de drogas alucinógenas. Entre tantas dependências, uma eu sei que é a mais importante: qualquer coisa que homem queira ser ou fazer ele vai depender da vontade de Deus. Talvez por isso, Jesus tenha incluído na oração do Pai Nosso a expressão: Seja feita a Vossa vontade. Com tantas dependências, devo dizer-lhe que fiquei dependente dos seus sorrisos, dos seus carinhos e do seu amor. Fiquei sim, dependente de você. Finalmente, a nossa última dependência. É a de alguém que segure a alça do caixão, que irá nos levar para a derradeira morada. Se depender de mim... complete com o que achar interessante.


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