Brincando no dicionário

 

Brincando no dicionário

 

Ontem, eu tomei um dicionário em minhas mãos e a primeira palavra que eu quis consultar foi justamente “dicionário”. Não precisava, pois eu estava com um na minha frente naquele instante. (dicionário: - conjunto de vocábulos de uma língua).

Fui então verificar o que era vocábulo (palavra ou termo de uma língua).

E o que é palavra? Conjunto de sons articulados, com uma significação. Pensei que “verbete” fosse sinônimo de palavra. Mas não: – verbete, na organização de um dicionário, enciclopédia ou glossário é cada uma das palavras com suas acepções, explicações e exemplos.

Interessante que as palavras, dicionário, vocábulo e verbete são todas substantivos.

Até a palavra substantivo é um substantivo. (palavra que designa os seres, atos ou conceitos). Concluí que substantivo é uma palavra e palavra é um substantivo.

Verifiquei que as palavras advérbio, adjetivo e pronome também são substantivos. Com um detalhe: - o pronome é uma palavra (substantivo singular masculino) que tem a função de substituir um substantivo.

Sempre que tenho dúvida do significado exato de uma palavra eu recorro a um dicionário para saná-la. Dúvida, por exemplo, é incerteza, hesitação, ceticismo, descrença ou suspeita. Já exemplo é tudo o que pode ou deve servir para ser imitado; modelo.

Esdruxulo, para mim, é própria palavra. “Feio” é uma palavra que eu acho muito feia.

Legal eu já acho legal.

Reiniciar é iniciar de novo, mas revoltar não tem nada a ver com voltar outra vez.

Quantas palavras eu vim aprender só depois de velho! No dia que a professora explicou ou que era cabular eu faltei à aula para vadiar. Cabular e encabular não tem nada a ver com Cabul (capital do Afeganistão) ou de seus habitantes.

Se eu pudesse, retiraria algumas palavras do dicionário e incluiria outras.

Se existe útil e inútil; utilidade e inutilidade, deveria existir também “inutilitário”, já que existe utilitário.

Se existe formal e normal, formalidade e normalidade, formalismo e normalíssimo porque não criar “nôrma”, uma vez que existe a palavra norma. Se fôrma é o que dá a forma, “nôrma” seria aquele que dá (dita) a norma.

Se existe cuidar e descuidar então deveria existir “descuidadoso”, visto que existe o cuidadoso (pessoa que cuida de idosos que, não tendo o que fazer, fica brincando no dicionário). Às vezes, uma pessoa inutilitária!

P.S.: Os gramáticos (dicionaristas) têm aceitado as duas formas do particípio do verbo aceitar, quais sejam: - aceito e aceitado. Por isso aceito ou tenho aceitado criticas.

Acho ótimo o verbo otimizar.