sexta-feira, 7 de maio de 2021

Alegorias sobre a dúvida


Alegorias sobre a dúvida

Alguma dúvida?

 

Duvido que exista alguém que nunca tenha duvidado de outra pessoa!

A dúvida é um atributo de todo ser racional.

Duvidamos de fatos passados, presentes e futuros.

Uma duvida é boa quando nos leva a desvendá-la. Duvidar e não procurar sanar essa dúvida não é legal.

A dúvida está presente em todos os lugares. Na religião, na filosofia, na história, na geografia, na política, nas ciências e até nos esportes. Nas ciências, um pouco menos nas exatas, como a matemática.

As dúvidas não podem ser dimensionadas, todavia, é comum ouvirmos alguém dizendo que está com uma dúvida atroz ou uma pequena dúvida.

O tempo de duração de uma dúvida é variável. Quando duvidamos da grafia de uma palavra, essa dúvida pode durar até o momento em que a consultamos no dicionário. Já a dúvida daquilo que nos aguarda para depois da morte, esta só será esclarecida depois mesmo que morrermos.

Há dúvida em tudo. Duvidamos:

- das formas, das cores, dos tamanhos, das traduções;

- da interpretação de uma lei;

- da natureza, dos animais;

- dos pais, dos filhos, dos irmãos, dos vizinhos, dos amigos, das amigas;

- das mensagens recebidas via e-mail e WhatsApp;

- se vamos colher e ou vender o que plantamos;

- se o presente que vamos dar vai agradar;

- se o remédio que tomamos vai fazer efeito;

- se o preço da oferta é mesmo para valer;

- duvidamos das crianças, dos jovens, dos velhos, dos religiosos e dos políticos (esses cada vez mais);

- duvidamos, também, da nossa condição física para realizarmos um trabalho, dos nossos conhecimentos e das nossas opções;

- duvidamos se há seriedade, honestidade, sinceridade, capacidade, habilidade ou até mesmo a coragem em outra pessoa;

Geralmente, duvidamos por não confiarmos em nossos sentidos. Exemplos:

- dúvida auditiva – será que escutei mesmo o que ela disse?

- duvida visual – será que aquilo que estou vendo é real?

- dúvida olfativa – será que esse perfume é mesmo o legítimo?

- dúvida do tato – será que existe outro mais macio?

- dúvida do paladar – será que tem o mesmo sabor daquele outro?

- dúvida da razão – será que é verdade o que acabo de ler?

- dúvida do amor – será que a amo de verdade ou será que ela me ama?

Tem gente que duvida que o homem foi à lua;

tem gente que duvida da reencarnação;

tem gente que duvida da existência de Deus. Esta é uma dúvida cruel.

tem gente que duvida só para provocar ou contrariar outra pessoa;

tem gente que duvida para ser solidária com outra pessoa; e

tem gente que duvida até de si mesma.

São Tomé duvidou de Jesus.

Sem sombra de dúvida, estamos a cada momento duvidando de alguém e ou de alguma coisa.

Eu também tenho cá minhas dúvidas:

- duvido de todos que começam a ler o que escrevo consigam chegar ao fim e, se conseguem, duvido que gostem do que leram.

– duvido que exista alguém que goste mais de você que eu!

Por via das dúvidas, quero pedir desculpas aos que perdem o seu precioso tempo lendo estas minhas brincadeiras. Principalmente você que, com certeza, deve ter sido tomado de assalto pela dúvida quando começou a ler isto. Deve ter pensado tratar-se de algo mais interessante. Fazer o quê? E para que não paire mais dúvidas sobre elas (essas brincadeiras), vou usar do benefício da dúvida para dizer que não sei se devo parar ou continuar escrevendo-as. Finalmente, eu gostaria que alguém me explicasse a origem da expressão: “até Deus duvida”.

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