segunda-feira, 17 de maio de 2021

Ant@lógico



Ant@lógico

 

Meu coração tem andado tão sorumbático,

que resolveu bater com um ímpeto ilógico,

por um amor lânguido, pueril e enigmático,

achando que o momento era escatológico.

 

Fez isto apenas para mostrar-se simpático,

bom e, peremptoriamente mais fisiológico

que pensamentos de gestor burocrático,

em tempos de crise no setor mercadológico.

 

Um coração quando fica assim, emblemático,

parece não perceber em seu estado biológico

que o comprometimento de um vaso linfático

 

pode danificá-lo de modo vital e/ou analógico

e fazer com que a paixão - sentimento pático,

estabeleça regras para o emocional etiológico.

 

Tem aquele que nunca permanece estático;

e que nunca está em paz com o psicológico.

Esse, ainda que não queira, torna-se trágico

e pode transformar-se num caso patológico.

 

Julgando-se possuidor de um amor jurássico,

capaz de abarcar qualquer ser antropológico,

trago dentro do peito um bastante dramático,

que usa de remoto argumento metodológico,

 

para afirmar que este seu sofrer é fantástico,

pois, trata-se de resgate cármico-mitológico,

de um amor que antes lhe fora problemático,

 

mas que agora, querendo ficar imunológico

desta maldita infecção - deste vírus enfático,

optou-se por vacinar com o soro ideológico.

 

 

P.S.: Nem eu entendi o que eu quis dizer.

  

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